Miga, apenas pare



As vezes eu só quero que seja sobre mim. Egoísmo e egocentrismo? Talvez. Mas de vez em quando eu gosto de uma moralzinha, sabe? Todo mundo gosta, não há como negar. Dá um boom na auto estima da gente e um calorzinho no coração. Beleza. Mas ai tem aquele estraga prazer. Li na coluna do Gregorio Duvivier para a Folha um dia sobre o tal do "humblebrag", que seria algo como elogiar alguém e, nos entremeios, incluir elogios a você mesmo. Algo como: "Ah, seu trabalho é lindo. Me lembra algo que fiz ano passado". E ultimamente tenho presenciado isso muito, principalmente nessa onda de redes sociais e postagem a cada cinco minutos inundando a minha (as nossas) vidas de informações (quase sempre) desnecessárias. Convenhamos, entretando, que todo mundo gosta de, no mínimo vez ou outra, gritar pras redes sociais que ta "comendo um jantar ótimo com os amigos num restaurante mara" e "se sentindo fantástico". Ou contar sobre uma conquista, ou compartilhar um feito, realização. Queremos, por um instante, que seja sobre a gente. Numa festinha, nas fotos de lembrança, numa inauguração ou quando fazemos algo extraordinário. E ai vem o tal do "humblebragger" falar dos feitos dele enquanto te elogia. Falar das fotos dele enquanto te elogia. Ou usar como exemplo de comparação algo 'incrível que ele fez quando tinha cinco anos de idade'. O enjoança! Me deixa brilhar, poxa. Eu sei, caso de rir. Tô rindo de mim mesma agora, escrevendo isso. Mas acabo também rindo de quem não pode ver outra pessoa fazendo algo que tem a necessidade de provar que também consegue. Eu sei, temos todos disso um pouco. Mas tem que ter senso. Ou o famoso "semancol", e ver se percebe que ó, deu hora de parar. De deixar a gente ser o centro das atenções por quinze minutos, já que é a cota mínima que todos temos direito ao nascer. Então, ó, pra você falso humilde: miga, seje menas e para que ta feio!
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