Miga, apenas pare



As vezes eu só quero que seja sobre mim. Egoísmo e egocentrismo? Talvez. Mas de vez em quando eu gosto de uma moralzinha, sabe? Todo mundo gosta, não há como negar. Dá um boom na auto estima da gente e um calorzinho no coração. Beleza. Mas ai tem aquele estraga prazer. Li na coluna do Gregorio Duvivier para a Folha um dia sobre o tal do "humblebrag", que seria algo como elogiar alguém e, nos entremeios, incluir elogios a você mesmo. Algo como: "Ah, seu trabalho é lindo. Me lembra algo que fiz ano passado". E ultimamente tenho presenciado isso muito, principalmente nessa onda de redes sociais e postagem a cada cinco minutos inundando a minha (as nossas) vidas de informações (quase sempre) desnecessárias. Convenhamos, entretando, que todo mundo gosta de, no mínimo vez ou outra, gritar pras redes sociais que ta "comendo um jantar ótimo com os amigos num restaurante mara" e "se sentindo fantástico". Ou contar sobre uma conquista, ou compartilhar um feito, realização. Queremos, por um instante, que seja sobre a gente. Numa festinha, nas fotos de lembrança, numa inauguração ou quando fazemos algo extraordinário. E ai vem o tal do "humblebragger" falar dos feitos dele enquanto te elogia. Falar das fotos dele enquanto te elogia. Ou usar como exemplo de comparação algo 'incrível que ele fez quando tinha cinco anos de idade'. O enjoança! Me deixa brilhar, poxa. Eu sei, caso de rir. Tô rindo de mim mesma agora, escrevendo isso. Mas acabo também rindo de quem não pode ver outra pessoa fazendo algo que tem a necessidade de provar que também consegue. Eu sei, temos todos disso um pouco. Mas tem que ter senso. Ou o famoso "semancol", e ver se percebe que ó, deu hora de parar. De deixar a gente ser o centro das atenções por quinze minutos, já que é a cota mínima que todos temos direito ao nascer. Então, ó, pra você falso humilde: miga, seje menas e para que ta feio!
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Hayley Kiyoko: amorzinho de voz


Na indicação de hoje eu trouxe a lindíssima Hayley Kiyoko, uma mocinha que eu aposto que muita gente não conhecia. O primeiro video dela que assisti foi "Girls like girls" e ele apareceu nos meus recomendados no Youtube. Depois dele fui escutando outras e outras e não parei mais. Minhas favoritas até agora são "Girls Like Girls", "This Side of Paradise" e "Ritch Youth". Vou deixar os vídeos aqui pra que vocês se apaixonem comigo por essa linda! E ah, uma curiosidade: ela interpretou a Velma em Scooby-Doo!



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A fotografia na beleza do cotidiano


Vejo muita gente dizer que se cansa fácil de rotina, que não vê o lado bonito das coisas e tem problemas com o dia a dia. Eu já passei muito por isso e hoje escrevo e fotografo tudo que acho belo do cotidiano para sair da mesmice e do repetitivo. Dou uma nova chance às coisas simples e olho com outros olhos ou em um ângulo diferente. Trouxe algumas das minhas fotografias favoritas desse ano que tirei na faculdade observando os caminhos pelos quais passo todos os dias.


Essa é uma árvore muito grande que tem no CAMPUS

Essa daqui eu tirei do outro lado do CAMPUS, onde nunca tenho que passar,
mas tomo esse caminho as vezes pra não cair na rotina

Amo o céu, amo!

O efeito da chuva nas plantas fica um arraso
E a luz em constraste com um ambiente escuro cria
efeitos muito bons
Um novo olhar é sempre bem vindo! Que tal por entre as árvores?
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Padaria


Ela tinha um modo muito elegante de trabalhar. Era cortês, educada e muito carinhosa com seus clientes. Cativava. Os clientes diziam todos que os quitutes dela tinham um sabor incomparável: jamais se achava igual. Ninguém sabia dizer, no fundo, que fórmula ou tempero deixava tudo tão gostoso. Ela só fazia sorrir, dizia ser segredo de família. Mas no fundo, ela sabia, o segredo era outro. Parecia bem ridículo, aquelas histórias bobas: era um tico de sentimento em tudo que fazia. E ela ousava esbanjar do que quer que seja que a ocupasse a cabeça no momento, desde que fosse positivo: liberdade, felicidade, amor, carinho, compaixão... Ela inclusive apelidou alguns de seus quitutes com sentimentos: bolo de chocolate era amor, rosquinhas eram a liberdade. E aí? E aí que o efeito placebo era lindo de se ver. Tinha gente que costumava dizer que as rosquinhas, por exemplo, tinham mesmo gosto de liberdade. Que dava até vontade de ousar e fazer coisas diferentes depois de comê-la. Ela e todos eles sabiam que isso não vinha, na realidade, dos doces. Mas quem não precisa de um empurrãozinho vez ou outra? É bom ter algo em que acreditar. E a galera gostava de acreditar nos doces dela! Eram um pequeno deleite para a alma de cada um deles sentir aquela sensaçãozinha boa, o formigamento no peito: sentir, finalmente, algo de bom percorrendo as veias. Sentir.

N.M.,"Placebo é uma invenção do corpo humano criada para que o próprio humano perceba que ele é incrível e capaz de muitas coisas. Que ele é especial em sua singularidade e tem todo o potencial que ele se permitir ter. Que ele existe e está vivo, e, por isso, é capaz de tudo."
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